Hoje fui ter com a minha amiga para dar uma volta de bicicleta ao fim do dia.
Ela levou-me a passear até uma pateira da região.
O que ela queria era ir de bicicleta á beira do rio, mas como eu ando com bicicleta de corrida, isso não era muito viável. Acabámos por ir aos zigue-zagues pelo meio das aldeias até atravessarmos a linha de comboio, passarmos por uma zona de vaquedo (criação de vacas e não, "vacas" á beira da estrada :), atravessámos a ponte sobre um rio e fomos parar a um parque a oeste-noroeste, cheio de construções de madeira (uma espécie de coreto, caminhos suspensos á beira da pateira), que iam dar a um restaurante.
Parámos ao pé do Cais dos Canoístas, onde os atletas de canoagem do clube da terra, entram e saem da água.O sol estava a pôr-se, os canoístas regressavam ao cais para depois voltarem em direcção ao sol...
Meu Deus!
Que coisa linda...
Que paisagem mais deslumbrante...
Lá no fundo a floresta, o sol por cima dela espelhava-se nas águas da pateira, e as silhuetas dos canoístas quase desapareciam por causa do reflexo do sol na água.
Estava eu com a Maria, sentados lado-a-lado na beira do chão da ponte pedonal, com braços e queixo apoiados nas cordas, com as pernas suspensas sobre a água...
Os patos bravos passam á nossa frente em direcção aos juncais que ficam á direita, onde tem um pequeno esporão de madeira para os atletas entrarem e sairem da água.
!!QUACK!!QUACK!! -E de repente, há um desatino entre os coloridos penudos, há um que levanta vôo em direcção ao sol, e os outros vão atrás dele.
Imagina esta imagem, mas com óculos escuros: o sol a reflectir na água (quase te cega), a silhueta do pessoal da canoagem na direcção do mesmo lá longe, e os patos por cima dos canoístas, ao fundo e na margem esquerda há a sombra da floresta, na direita há juncos altos e verdes a dançar ao som do vento...
Parecia um autêntico quadro vivo, uma pintura imortal, um amor platónico, algo que apenas se percebe saboreando o sentimento surreal que a visão gera no cérebro sem querermos pensar sequer se é verdadeira.
Aquele pôr-do-sol, foi como se o tempo ali fosse outro, como se estivesse noutro lugar que nunca tinha estado, foi algo de mágico, um colírio para os olhos, um fogo no coração, uma deliciosa morte divina de todos males que me assolam.
Por momentos, eu deixei de existir, apenas fundi-me em tudo o que via e sentia: foi pura magia.. (suspiro)
Texto de Romeu Cassius, 2009
Ela levou-me a passear até uma pateira da região.
O que ela queria era ir de bicicleta á beira do rio, mas como eu ando com bicicleta de corrida, isso não era muito viável. Acabámos por ir aos zigue-zagues pelo meio das aldeias até atravessarmos a linha de comboio, passarmos por uma zona de vaquedo (criação de vacas e não, "vacas" á beira da estrada :), atravessámos a ponte sobre um rio e fomos parar a um parque a oeste-noroeste, cheio de construções de madeira (uma espécie de coreto, caminhos suspensos á beira da pateira), que iam dar a um restaurante.
Parámos ao pé do Cais dos Canoístas, onde os atletas de canoagem do clube da terra, entram e saem da água.O sol estava a pôr-se, os canoístas regressavam ao cais para depois voltarem em direcção ao sol...
Meu Deus!
Que coisa linda...
Que paisagem mais deslumbrante...
Lá no fundo a floresta, o sol por cima dela espelhava-se nas águas da pateira, e as silhuetas dos canoístas quase desapareciam por causa do reflexo do sol na água.
Estava eu com a Maria, sentados lado-a-lado na beira do chão da ponte pedonal, com braços e queixo apoiados nas cordas, com as pernas suspensas sobre a água...
Os patos bravos passam á nossa frente em direcção aos juncais que ficam á direita, onde tem um pequeno esporão de madeira para os atletas entrarem e sairem da água.
!!QUACK!!QUACK!! -E de repente, há um desatino entre os coloridos penudos, há um que levanta vôo em direcção ao sol, e os outros vão atrás dele.
Imagina esta imagem, mas com óculos escuros: o sol a reflectir na água (quase te cega), a silhueta do pessoal da canoagem na direcção do mesmo lá longe, e os patos por cima dos canoístas, ao fundo e na margem esquerda há a sombra da floresta, na direita há juncos altos e verdes a dançar ao som do vento...
Parecia um autêntico quadro vivo, uma pintura imortal, um amor platónico, algo que apenas se percebe saboreando o sentimento surreal que a visão gera no cérebro sem querermos pensar sequer se é verdadeira.
Aquele pôr-do-sol, foi como se o tempo ali fosse outro, como se estivesse noutro lugar que nunca tinha estado, foi algo de mágico, um colírio para os olhos, um fogo no coração, uma deliciosa morte divina de todos males que me assolam.
Por momentos, eu deixei de existir, apenas fundi-me em tudo o que via e sentia: foi pura magia.. (suspiro)
Texto de Romeu Cassius, 2009
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