Pitumentos

junho 10, 2009

Aulas de Educação Sexual, uma ambiguidade, uma política exibicionista!


Muito se tem falado na educação sexual nas escolas nestes últimos anos, mas nada de efectivo se tem feito.


Já se falou também na distribuição gratuita de preservativos nas escolas, e algumas já adoptaram a ideia de modo independente e subtil.
Acho bem que os nossos jovens sejam bem informados e educados neste assunto (coisa que raramente acontece noutros assuntos ensinados nas escolas actualmente), mas acho mal radicalizar a coisa ao ponto de criar uma disciplina específica para o efeito.


Qual é a necessidade de tornar as coisas mais complicadas?

Porque não se faz uma adaptação de algumas diciplinas já existentes para os próprios professores dessas disciplinas darem aula: biologia, ciências (sociais, químicas, física), psicologia, etc., onde se podia falar da fisiologia do aparelho reprodutor feminino/masculino, DST, métodos preventivos e cuidados?


Dados os tempos libertinos que correm, isto mais parece uma espécie de Anos 60 onde imperava na América, o mote: "Sexo, Drogas e Rock'n'Roll", mas com telemóveis, TV, publicidade e internet á mistura, que nos bombardeiam com nudez e sexo por tudo e por nada, apenas para venderem a sua "sardinha" e aumentar as suas receitas e audiências.


Assim, é natural que os pais e professores tenham medo que a Educação Sexual leve os seus púpilos e filhos, a experimentarem relações sexuais de modo desenfreado e descontrolado, antes do tempo, principalmente. E que isso traga graves problemas sociais, como por exemplo, uma gravidez indesejada numa garota de 13 anos.


Até porque as séries juvenis que passam na TV (tipo Morangos com Açucar, Rebelde Way, etc.) incentivam e "ensinam" os nossos jovens a procurar sexo como se isso fosse uma «obrigação legal e normal» para namorar com alguém.


Acho bem que a Educação Sexual seja implementada de modo didáctico, mas seria ainda mais inteligente implementar a disciplina de Educação Civil a partir da 2ª ou 3ª classe da Escola Primária, onde se ensinaria Lei, Código de Conduta Social e Respeito pelo próximo: "Não faças aos outros aquilo que não queres que façam a ti! E cumpre as regras!".


-Isto porque os nossos jovens/crianças cada vez menos respeitam-se uns aos outros, e muito menos os próprios pais ou pessoas mais velhas, bem como as autoridades policiais e de segurança pública. Acho esta é a prioridade primária a cumprir porque o resto vai continuar igual por enquanto.


Porque acham que somos um dos países no topo da lista, com a mais elevada taxa de mães adolescentes e solteiras abaixo da idade adulta?

-O que não falta aí, principalmente na internet, é informação sobre sexualidade e prevenção ligada á mesma!


Os nossos jovens são ensinados a serem demasiado orgulhosos para a procurarem (acham que sabem o suficiente com o que vêem nas séries juvenis da TV) e são demasiado preguiçosos para se darem ao trabalho de lerem a informação para aprenderem mais alguma coisa!


Para não falar na facilidade com que acreditam em mitos, como por exemplo, na primeira relação sexual não se engravida, ou nem se apanha doenças sexualmente transmissíveis.


É uma pena que a nossa juventude em geral não seja mais que uma cambada de ignorantes com a mania que são maus e cheios de experiência, rodeados de informação gratuita e facilitada à sua volta, mas sem um mínimo de inteligência e maturidade para usufruir dela para seu próprio proveito.


Embora muita gente pense que só os rapazes acedem á internet para ver pornografia, a verdade é que cada vez mais as raparigas fazem a mesma coisa, e muitas vezes apenas para se exibirem. E iludidos com a sexualidade mecânica e robótica desse género de filmes que vêem e fazem, que nada tem a ver com o natural início do desenvolvimento sexual de cada um, os adolescentes tomam comportamentos de risco que podem levar a uma vida inteira de arrependimento pessoal, social, e financeiro.

Texto de Miguel Fight©, 2009

http://www.olhares.com/migueru


http://corpuscultus.blogspot.com/


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