
Ouvi na TV que neste mês "celebra-se o aniversário do 11 de Setembro", o ataque ás torres gêmeas, em Nova Iorque. Eu acho isto um bocado hipócrita, parece autêntico e puro humor negro...
É a mesma coisa que dizer que há uma série de meses do ano para se celebrar o Holocausto, não é? Como se em qualquer dos casos tivesse resultado algo de positivo.
Também fiquei surpreso com a notícia de que a Al Quaeda não participou nos atentados suicidas do 11 de Setembro, apenas participou nos festejos. (Já que o humor negro está na Moda^_^)
Acho graça a este género de notícia televisiva, parece que foi algo bom, aquilo que aconteceu... "Celebra-se" e tal, não é?
Ou, se calhar, fala-se em "celebração" porque a única coisa boa que saiu desta data foi o facto de nesta altura os Estados Unidos terem aprovado aquela lei que proíbe o estacionamento de aviões em prédios, dado ser relativamente perigoso. ^_^
Por outro lado, deste então, os estereótipos e preconceitos para com praticantes da religião islâmica aumentou substancialmente em todo o mundo. E depois o pessoal começa a achar que todos os muçulmanos são todos fanáticos, tipo, testemunhas de Jeová mas, com pólvora e plástico explosivo á mistura. ^_^
Há coisas que me fazem pensar no 11 de Setembro, coisas do tipo:
-Morangos com Açucar;
-telenovelas da TVI;
-programas noctívagos com gajas artificialmente mamalhudas e falam como se a pilha não acabasse (são piores que o coelhinho da Duracell);
-orçamentos de Estado sem argumento realista;
-decisões incoerentes da Assembleia da Répública sobre assuntos dos quais não têm um mínimo de informação real, apenas ficção moderada, ou seja, estatísticas;
-reformas educativas sem qualquer noção prática da realidade escolar, docente, e social; -aprovação de leis estúpidas que obrigam os nossos professores a trabalhar para andarem na escola, em vez de lá andarem a dar aulas e ensinar os alunos;
-exigências dos sindicatos da função pública para que os aumentos salariais compensem a evolução da inflação de modo a que os funcionários públicos não percam "poder de compra" (como se não bastasse eles ganharem mais e terem mais regalias do que os trabalhadores de empresas particulares);
-projectos de obras públicas megalónomas de índole político-exibicionista extremamente dispendiosas tanto na elaboração como na concretização, e manutenção do projecto depois de materialmente concluído;
-o acordo ortográfico político entre Portugal e o Brasil, em que se abrasileira a original Língua Mãe Portuguesa, que serviu de base para o dialecto de Português que actualmente se usa no Brasil;
-entre outras coisas, enfim, estaria aqui a enunciar um sem-fim de exemplos que demonstram a minha negativa nostalgia, o meu descontentamento, a minha raiva, o meu rancor!
(Se reparaste bem, digo ali atrás "dialecto de Português", sim, porque a língua que no Brasil se fala, não é Português!)
E é ao pensar nisto e noutras coisas mais que fico com saudades do 11 de Setembro, porque lá os aviões foram parar aos sítios certos. E aqui não há um aviãozito que se for para cair, não caia em cima destas bestas, pá?...
Se calhar, o que este país precisava para fazer os nossos políticos "abrirem os olhos" era um "11 de Setembro" em cima deles, não era?
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